Professora da UFPR vê evolução da participação da mulher na Ciência do Solo

Professora da UFPR vê evolução da participação da mulher na Ciência do Solo

Papel da pesquisadora  e do pesquisador é buscar avanços no sentido da construção coletiva do conhecimento, diz Nerilde Favaretto

Dentro das comemorações do mês de março, em alusão ao Dia Internacional da Mulher,  a professora Nerilde Favaretto, chefe do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná (UFPR)  destaca a importância da mulher na área da pesquisa, especificamente na Ciência do Solo. “Percebemos uma evolução da participação das mulheres nesta área da Ciência do Solo e isto é bastante positivo”.

 Segundo ela, o número de mulheres estudantes de mestrado e doutorado tem aumentado nos últimos anos, resultando num maior número de profissionais mulheres atuando nas universidades e instituições de pesquisa. “Entendo que o papel de uma pesquisadora ou pesquisador é sempre buscar avanços no sentido de responder um questionamento, o qual em conjunto, vai fazer parte de uma construção maior”, afirma, considerando que cada um deve inserir sua contribuição individual auxiliando na construção coletiva do conhecimento. “Entendo também, que existem muitas adversidades na construção desse conhecimento, mas que devemos persistir, e particularmente, acredito que as mulheres possuem uma grande capacidade de agregação e resiliência”, explica Nerilde.
Para a professora, a participação da mulher nesta área da Ciência do Solo, é um processo lento, e seu início está na educação familiar e escolar. “A mulher deve perceber sua capacidade de investigação e atuação no mercado de trabalho, independente da área de conhecimento desde o início de sua formação. No entanto, sabemos que existem profissões muito bem reconhecidas no mercado de trabalho, e outras, apesar da sua importância, não recebem o devido reconhecimento”, complementa. Para aumentar a divulgação da importância da Ciência do Solo para a sociedade, diz ela, talvez seja uma forma de aumentar a participação da mulher nessa área.

Na opinião da professora,  a Ciência do Solo é dominada por homens, e isso está muito relacionado aos Cursos de Ensino Superior vinculados a Ciência do Solo. “Profissionais da Ciência do Solo podem ter formações diversas de Ensino Superior, mas sua grande maioria advém da Agronomia, e este é um curso ainda dominado por homens”, compara.
Embora, nos últimos anos,  esteja havendo um aumento considerável de estudantes mulheres no curso de Agronomia. “A atuação de profissionais na Ciência do solo ocorre principalmente em instituições públicas, e nestes ambientes, na minha opinião, o preconceito não é evidente”, pondera.

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