Alta produtividade começa no solo

É preciso conscientizar produtores e profissionais já que, mesmo Estados com forte tradição na conservação, como o Paraná, tem sofrido com problemas como a erosão.

Boas práticas de manejo de solo e água são a base para garantir produtividade, sustentabilidade e longevidade para a lavoura. Muito se discute sobre como conscientizar produtores e profissionais ligados ao campo já que, mesmo Estados brasileiros com forte tradição na conservação de solo, como o Paraná, tem sofrido com problemas como a erosão.

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Lição que se aprende em casa, desde cedo e que se coloca em prática sem cessar é garantia de sucesso. O produtor José Lauri Scholz, como gosta de contar é “nascido na agricultura” e se orgulha em dizer que, desde 1970, está na mesma propriedade. “São 47 anos, sempre vendo a produtividade crescer. Nossa família veio do sul, sem conhecer muito sobre agricultura. Meu pai chegou aqui e comprou uma área muito pobre. A gente teve que fazer ela desde o início, com muita correção.”, relata.

Dos 47 anos na propriedade, 40 são de experiência no Plantio Direto. “A gente sempre se preocupou com a conservação do solo, desde quando implantamos as curvas de nível. Há 40 anos estamos no Plantio Direto e com rotação de culturas desde o início para que o PD fosse sustentável”, conta.

Assim, o agricultor que planta soja, milho, aveia, milheto e braquiária, numa área de 300 hectares, aprendeu no dia a dia que manejar água e solo corretamente são essenciais para a sustentabilidade da lavoura. “É isso que faz com que tu permaneça na atividade. Se não tiver todos os cuidados em preservar o solo e água, seu futuro, com certeza, é fora da agricultura.”, alerta com a sabedoria de quem conhece a prática de perto.

Produtividade campeã e manejo do solo

O produtor Marcos Seitz, de Guarapuava (PR), sagrou-se campeão do Desafio de Máxima Produtividade 2016/2017 realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB). O paranaense ainda registrou o novo recorde nacional de produção de soja ao atingir a marca de 149,08 sacas por hectare. O recorde anterior era da safra de 2014/2015, com 141,8 sacas/ha. Os números representam quase o triplo da média nacional de produção de soja.

Na apresentação como lavoura campeã, o produtor, Marcos Seitz, e o consultor, Alexandre Seitz avaliaram quais os fatores-chave para o sucesso, chamando atenção para o manejo do solo. “Tudo começa com a Construção da Fertilidade do Solo. Corrigir e construir o perfil do solo de forma a aumentar sua capacidade de infiltração e armazenamento de água. O custo da terra é 1000 sc/ha, o que o custo de correção de solo representa perto disso?”, concluíram. A apresentação pode ser lida na íntegra aqui.

Com informações de
http://www.cesbrasil.org.br/wp-content/uploads/2017/06/Campeao-Sul-2017-Final.pdf

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