A agricultura, nas suas mias diversas expressões, tem sido o sustentáculo da economia paranaense, representando em 2023, 36% do PIB do Paraná, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). Em razão dessa representatividade, exerce papel de destaque na segurança alimentar no Estado e também no Brasil. No entanto, esse êxito é dependente da sustentabilidade do solo, recurso natural que é um dos principais suportes da produção agrícola e pecuária.
É necessário destacar a relação do solo com outro recurso natural de elevado interesse para o ser humano, a água, uma vez que importantes componentes do Ciclo Hidrológico ocorrem no solo e quando este não recebe os devidos cuidados, pode acarretar prejuízos aos recursos hídricos em quantidade e qualidade o que afeta a segurança hídrica. É necessário destacar ainda que além da segurança hídrica, a água também tem outros significados importantes para a sociedade paranaense, um deles é a geração de energia, essencial para o Paraná e para o Brasil.
Pode-se dizer, portanto, que o solo ocupa um papel de relevância na segurança alimentar e na segurança hídrica, sendo, assim, um recurso vital para o ser humano, bem como às demais formas de existência. Preserva-lo significa preservar a vida nas suas mais diversas formas de expressão.
Dado a importância do solo para a sociedade paranaense, várias politicas públicas foram implantadas pelo Estado, desde a década de setenta do século passado, com o propósito preservar este recurso e recuperar áreas que se encontravam degradadas ou em processo de gradação. A medida buscou beneficiar também a água. Em apoio a aplicação das políticas públicas, o Estado, em 14 de Dezembro de 1984 promulgou a LEI Nº 8014/1984, que trata da preservação do solo agrícola do Paraná, lei que continua em vigor, uma demonstração da importância que a sociedade paranaense dava, já aquela época, ao solo, e a necessidade de cuidar dele.
É necessário destacar ainda que diante dos desafios que as mudanças climáticas vêm impondo e crescente demanda por alimentos e recursos hídricos, é da maior importância que a sociedades urbana e rural seja instigada a refletir sobre a importância do recurso natural solo e, por extensão do recurso hídrico. Para tanto, no dia 13 de novembro de 1989 foi promulgada a Lei Federal n. 7.87615, estabelecendo 15 de abril como o Dia Nacional da Conservação do Solo. Esse dia convida a sociedade para uma reflexão sobre a conservação dos solos e a necessidade da utilização adequada desse recurso natural.
Ao destacar essa data, reforçamos a necessidade de investir em educação, pesquisa e políticas públicas que promovam o uso sustentável do solo. Proteger o solo é proteger a vida. A conservação do solo deve ser um compromisso coletivo entre instituições, produtores, pesquisadores e sociedade civil, garantindo que as próximas gerações herdem um solo fértil, saudável e capaz de sustentar a vida em todas as suas formas.