Evento reúne em Foz do Iguaçu professores, pesquisadores técnicos estudantes de graduação ligados à Ciência do Solo
O secretário estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), Norbeto Ortigara, prestigiou a abertura da 20ª. Reunião Brasileira de Manejo e Conservação da Ciência do Solo e da Água, que está ocorrendo no Centro de Eventos do Golden Park, em Foz do Iguaçu.
O evento reúne professores, pesquisadores, extensionistas, estudantes de graduação e pós-graduação, profissionais liberais ligados à Ciência do Solo e prossegue até a próxima quinta-feira (24).
O tema central desta edição é ” O solo sob ameaça: conexões necessárias ao manejo e conservação do solo e da água”. As discussões abrangem a diversidade de funções desempenhadas pelo solo e envolvendo os aspectos agrícolas, ambientais, ecológicos, sociais e econômicos.
O secretário afirmou na solenidade de abertura que o evento está tratando dos fundamentos da boa agricultura, uma agricultura conservacionista, com todos os benefícios dela decorrente. “A gente precisa cada vez mais fazer uma agricultura competitiva, mas não podemos descuidar do uso correto do solo e da água para manter a fertilidade natural”, afirmou Ortigara, acrescentando que a questão do solo tem a ver com a biologia, a química e a física e as boas práticas conservacionistas sempre, as quais a ciência agronômica coloca à disposição do produtor.
Sobre as práticas conservacionistas no Paraná, que é pioneiro no Sistema de Plantio Direto, o secretário disse que o Estado já teve melhores momentos. “Já fomos melhor nisso, tomamos consciência, introduzimos o não revolvimento da terra, o cultivo mínimo, o plantio direto e agora estamos retomando”, comentou.
De acordo com Ortigara, o Paraná tem um histórico de 45 anos trabalhando com conservação de solos e água, com picos de participação e adesão dos produtores, como aconteceu no final da década de 1980 e início da década de 1990. “Algumas das práticas em que o Estado foi pioneiro, como a implantação do plantio direto, rotação de culturas e uso de terraços, foram deixadas de lado pelos produtores rurais com o passar dos anos.
Para esta retomada, a Seab lançou em agosto o programa de Gestão de Solo e Águaem Microbacias, que beneficiará inicialmente 30 municípios do Estado, com a adequação ambiental de 350 microbacias e um investimento estimado em R$ 30 milhões até 2017.O objetivo do programa é recuperar e manter a capacidade produtiva da terra, com base na gestão de microbacias hidrográficas.
“O evento veio num momento muito importante, e acho que vamos colher bons resultados. Temos gente que piorou no cuidado com o solo, mas temos gente que faz bem feito. Queremos que a nossa agricultura continue forte, crescendo em produtividade e com melhor desempenho. Mas para isso precisamos evitar a todo custo a erosão”, explicou.