Solenidade contou com presença de autoridades, apresentação musical e palestra inaugural focando a produção com proteção ambiental
A abertura da XX Reunião Brasileira de Manejo e Conservação do Solo e da Água foi marcada pelo grande sucesso de público e momentos especiais como a execução do Hino Nacional pela voz da contralto Sonia Rechen, que é pesquisadora do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). A surpresa da noite ficou por conta dos músicos Maryanne Francescon e Pedro Martinez, que deram um show instrumental de acordeon e violão, apresentando músicas latino-americanas e ritmos brasileiros.
A conferência inaugural foi ministrada pelo professor da Universidade de Brasília (UNB), Carlos Augusto Klink, com o tema: “É possível conciliar a conservação do solo e da água com o agronegócio?” Após a solenidade, os participantes da RBMCSA participaram de um coquetel no saguão do Hotel Golden Park Internacional, onde está sendo realizado o evento que prossegue até quinta-feira em Foz do Iguaçu.
A abertura da RBMCSA contou com presenças de diversas autoridades, entre elas o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Otigara; diretor-científico do Iapar, Thiago Pellini; diretor da coordenação da Itaipu Binacional, Nelson Friedrich; secretário geral da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Reinaldo Bertola Cantaruti; presidente da Fundação Agrisus, Antonio Roque Dechen; gerente de planejamento do Sistema Faep, Henrique Salles Gonçalves; e presidente da comissão organizadora da RBMCSA e presidente do Núcleo Estadual do Paraná da SBCS, Arnaldo Colozzi.
Carllos Bozelli/Divulgação Nepar
Colozzi abriu o evento dando boas-vindas a todos os participantes e lembrando que os impactos negativos da ação humana sobre o solo e a água intensificam-se no País, ainda que a ciência brasileira tenha avançado em conhecimento e na apresentação de soluções para mitigação do problema. “A solução para a conservação do solo e da água requer o estabelecimento de uma rede de conexões entre atores e componentes de diferentes origens, formas e funções, os quais muitas vezes estão fora do âmbito da ciência, mas cuja conexão é fundamental para que toda a complexa rede que envolve o manejo e conservação do solo e da água funcione e o processo efetivamente aconteça. É preciso mais investimentos na pesquisa científica, no ensino técnico e superior e na educação básica das novas gerações; divulgar conhecimento e garantir o aprendizado”, enfatizou o presidente do Nepar.
O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Otigara, disse que o evento se reveste de grande importância por estar tratando dos fundamentos da boa agricultura, uma agricultura conservacionista, com todos os benefícios dela decorrente. “A gente precisa cada vez mais fazer uma agricultura competitiva, mas jamais descuidar de perpetuar a melhor capacidade de produção com as boas práticas sempre para a conservação do solo e da água.
Um evento deste é um marco para Foz do Iguaçu, a tríplice fronteira e o Brasil, porque ele possibilita fazer os nexos da questão do solo, água, meio ambiente, agropecuária, novas buscas de produção e de consumo”, afirmou o diretor de coordenação da Itaipu binacional, Nelton Friedrich, que representou o presidente da Itaipu, Jorge Samek. As conexões que nós podemos fazer podem salvar este solo. Não temos o plano B, ou muda ou muda. As políticas públicas precisam chegar à sociedade ao último grau de importância”, afirmou Friedrich.
O professor Carlos Augusto Klink iniciou a palestra inaugural responde a pergunta do tema: “É possível conciliar a conservação do solo e da água com o agronegócio?”. Sim, é possível, disse ele a um público de 500 pessoas. “Esse tema não é meramente do Brasil, é um tema global. O Brasil avançou muitíssimo na agricultura, é uma potencia agrícola e uma potência ambiental. O que acontece é que essas duas potencias não têm se conversado. Nossa proposta é conversar os dois temas e fazer com que o Brasil desempenhe um papel ainda mais importante na agricultura de conservação”, disse ele, cujo foco da conferência foi sobre produção com proteção ambiental.
Carllos Bozelli/Divulgação Nepar